quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Compromisso com o leitor?


Lendo ao Jornal Folha de São Paulo do dia 19 de Novembro de 2012 me surpreendi com uma chamada de capa que anunciava “País deve negociar com criminosos, afirma sociólogo”. Logo de início me senti incomodada e chamada a ler a matéria. A argumentação do sociólogo Cláudio Beato me pareceu coerente e não refletia de fato o que supostamente ele dizia na capa. No entanto, como leitora/ telespectadora, estou acostumada - o que não deveria acontecer de minha parte - a observar esses comportamentos vez ou outra na imprensa.
Entretanto, quando abro o mesmo jornal no dia 22 de novembro, me deparo com um texto de resposta do sociólogo entre as colunas de opinião do jornal. Em suma, Beato confrontava a atitude do jornal diante da sua entrevista, pois, segundo ele, foram-lhe atribuídas posições lhe são completamente estranhas. “Jamais diria uma sandice dessas”, declarou o sociólogo.
Esse fato me remeteu a um trecho do filme Cidadão Kane, em que Charles Foster envia um jornalista para cobrir uma matéria e determina que ele falte com o seu compromisso de repórter, de apurar os acontecimentos de maneira fiel, para deturpar a informação com o intuito de aumentar as vendas do jornal.
Será que é esse tipo de jornalismo que temos em nosso País? Será que o comportamento de Charles Foster Kane também é recorrente dentro das nossas redações? Penso que esse episódio deveria trazer uma reflexão sobre o exercício do jornalismo, conforme proposto pelo referido sociólogo em sua carta-resposta.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Trabalho Final - Mídia e Poder


O arquivo abaixo se refere ao trabalho apresentado na Faculdade Cásper Líbero no dia 07 de novembro de 2012 sob a orientação do Prof. Dimas Kunsch, como  parte do processo de avaliação da disciplina de Mídia e Poder, da Pós Graduação. 

O tema midia e poder foi abordado utilizando-se o filme "Cidadão Kane" como pano de fundo. A apresentação permitiu observar que ainda que imprensa tenha evoluído, o poder de decisão sobre o quê, como e quando divulgar a informação ainda encontra-se nas mãos de alguns poucos conglomerados da comunicação.





Links relacionados:

www.grupo1984.blogspot.com.br

http://osomadetodososproblemas.wordpress.com

midiaepoderabutre.wordpress.com



“A manipulação mais perversa é a ocultação da informação.” I. Ramonet


Quanta informação deixamos de saber por conta do interesse financeiro de algumas poucas e grandes corporações  ?

Até que ponto o jornalista consegue proteger sua fonte e passar uma informação de utilidade pública da mais alta importância sem que a notícia seja corrompida ou até mesmo excluída da agenda setting?

Para ilustrar essas questões utilizo o filme ‘O Informante’ (1999) que conta uma história verídica sobre o posicionamento da imprensa em ocultar informações que são de útilidade pública.



Nesta história, a fonte da informação vem de um ex- vice presidente de pesquisa de uma multinacional da indústria do tabaco (Brown & Williams) que deixa seu cargo assim que fica sabendo que a empresa se recusou a diminuir os níveis de aditivos químicos nos cigarros produzidos por ela.

No desenrolar da história, o executivo se vê envolvido em um ambiente de alta pressão devido, principalmente, a relevância de informações técnicas para saúde pública. Ao aceitar dar uma entrevista ao  programa 60 minutes (CBS) abre-se a “caixa de pandora”,  ainda que o conteúdo estivesse protegido por cláusula de confidencialidade de seu contrato de trabalho e pudesse levá-lo a prisão. Tal atitute foi suportada, entre outras razões,  pela confiança no repórter investigativo e credibilidade do programa.

Para mais detalhes sobre esse processo judicial click em B&W versus  Jeffrey Wigand.

A mesma CBS que um dia lutou bravamente contra o Macartismo, durante o julgamento do executivo da B&W hesitou e editou  reportagens que eram essenciais a atuais e potenciais futuros consumidores de tabaco. A empresa só divulgou a entrevista na íntegra depois que a notícia do processo vazou pelo Wall Street Journal.

Existe ou já existiu mídia imparcial ?

O Wilikeaks é imparcial ?

O ProPublica.org  é imparcial ?


“A mídia é a grande responsável pela educação da percepção das pessoas. Os jornais são pagos para mentir, ocultar e fazer propaganda. Eles formam consensos e manipulam sentimentos. É visível o papel partidário que a grande mídia corporativa cumpre a favor das grandes empresas e contra os interesses do povo”.
                                                                                                                            José Arbex

“A manipulação mais perversa é a ocultação da informação.”
 I. Ramonet



segunda-feira, 5 de novembro de 2012


A Aurora das Novas Mídias e a Diluição do Quarto Poder

A cerca de uma década, uma nova ordem social estabeleceu a grande pergunta para a imprensa: “O jornalismo, tal como o conhecemos, está com dias contados?”

Para Sidnei Basile (2003), um dos jornalistas mais experimentados da cena nacional, “...não é o aspecto mais promissor”.

Num mundo onde o bem maior oferecido por esta instituição – a informação – transborda disponível através de inúmeros outros canais, como as novas mídias digitais, é inevitável refletir sobre o papel do jornalista nessa nova configuração.

Diante do surgimento de novos meios de distribuição de conteúdo informativo, é possível que a imprensa deixe de ser relevante? O que pode ser considerado jornalismo na Era da informação compartilhada?

Impossível ignorar que os blogs e demais mídias digitais como Twitter e Facebook esvaziaram o monopólio da distribuição de informação. Mais do que isso, têm como essência a informação bidirecional, interativa, instantânea, e compartilhada; palavra-chave desta segunda década do século XXI que, em alguns casos, aumenta o alcance de uma notícia em progressão geométrica. Isso é a rede.

Portanto, a informação aqui circulante não pode ser negligenciada uma vez que hoje também contribui para formação da opinião pública ou como quer Lippman, “aquela opinião feita pública”.

De modo que, se já coube ao jornalismo clássico – aquele representado pelos veículos da imprensa escrita e eletrônica – o papel de salvaguardar a sociedade contra arbitrariedades e abusos de poder, na medida que garantia o acesso à informação, hoje este papel parece estar sendo posto em xeque.

O jornalismo sofre uma crise de identidade. E se antes a imprensa reivindicava ser o centro do processo de formação da opinião pública, chegando a ser considerada  o quarto poder, hoje é obrigada a reconhecer-se como mais um dos planetas que orbitam em torno desse sol, ao lado do entretenimento e das novas mídias.

Uma mudança no equilíbrio de forças que Sidnei Basile classifica como uma “revolução copernicana” no jornalismo.

No entanto, ao mesmo tempo que é sedutor pensarmos em uma sociedade onde todos têm a possibilidade do seu discurso em praça pública onde sentam-se pelo menos seu 500 amigos de Facebook, a desinformação crônica também é um risco.

Isso porque, se antes a Teoria do Agendamento (1.970), considerava que o público leitor tendia a dar mais importância aqueles assuntos veiculados pela imprensa, hoje essa equação é forçada a incluir a variável: impacto e repercussão de um tema nas mídias digitais.

E mais do que isso: a possibilidade de agendamento pelas próprias mídias digitais!
O que, a princípio, não é bom nem ruim mas, sem dúvida, encerra um aspecto democrático. Um novo gatekeeping de mão dupla. No entanto, o passo crítico aqui está na dependência do que irá merecer a partir de agora a atenção deste novo público leitor pulverizado, uma vez que os indexadores de conhecimento estão diluídos. E parte dos internautas encontrá-se convertida em jornalistas-cidadãos.

É quando o quarto poder reconhece o surgimento do quinto poder.  Tese apresentada pela primeira vez por Carolina Terra em seu estudo sobre o usuário-mídia.

Segundo Terra “o establishment da mídia não pode evitar que os usuários-mídia ressignifiquem, satirizem ou endossem opiniões defendidas por grandes veículos”, reverberando ou não a opinião pretendida como pública.

Se pensarmos que hoje são apenas oito visões de mundo que nos são apresentadas –  considerando-se que este é o número de grandes empresas provedoras de notícias ( e todas as demais funcionam como satélites ), é mais do que necessário que exista um movimento no sentido de vigiar os vigilantes.

E nesse momento o conjunto da sociedade quer ser reconhecido como parte da voz que informa e vigia.

No entanto, também é possível considerar que o processo de esvaziamento do jornalismo começou muito antes da aurora das novas mídias. Ameaçado não pela pervasividade da notícia nas redes, mas pelo sensacionalismo. Inaugurada em 1920 por dois grandes publishers americanos – Hearst, que inspirou o clássico Cidadão Kane e Joseph Pulitzer – a imprensa marrom foi uma das grandes responsáveis pela distorção da profissão.

A Era da informação compartilhada não prescinde do jornalismo. Mais do que nunca vai precisar do ideário da profissão, que se apóia na liberdade de expressão.



Silvia Barros




domingo, 21 de outubro de 2012

Além do Cidadão Kane (1993)


O documentário Além do Cidadão Kane, traz a comparação, muitas vezes intrínseca, entre o jornalista Roberto Marinho e Charles Foster Kane, no sentido da formação de um império através da grande influência nos meios de comunicação e na política.

De acordo com o Além do Cidadão Kane, entre os períodos de 1964 a 1985, o regime militar ampliou a rede de telecomunicações e facilitou a aquisição de televisores pela população, com o objetivo de monitorar e controlar o conteúdo a ser transmitido pelas mídias. Nessa época, a emissora Globo não só manipulou e censurou conteúdos, mas também exaltou e reforçou o regime imposto. E foi ainda mais além: exercia seu controle à massa, através da forma como sua programação era apresentada, de modo muito mais eficiente, duradouro e incontestável que a imposição da ditadura pelo governo.

O documentário chama atenção especificamente para as novelas como influenciador social. Houve uma época em que 90% da população brasileira assistia a novela das oito. Além disso, elas representaram um propulsor para a consolidação das marcas através da publicidade dentro da trama e durante os comerciais.

Não por mera coincidência, quase 30 anos depois, é o que ainda acontece com algumas novelas da Globo, haja visto o fenômeno Avenida Brasil. No último dia 19, o país paralisou para acompanhar o último capítulo da trama. De acordo com dados da Revista Exame, a novela registrou média de 49 pontos de audiência, o que equivale a 70% dos televisores ligados no país. Além disso, o capítulo final contou com 500 anunciantes. Alguns deles, que exibiram sua marca dentro da trama, pagaram até R$ 1,8 milhão para aparecer.

Veja abaixo, o documentário completo Além do Cidadão Kane:

  
 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O poder da mídia

  

Sempre que pensamos em PODER e MÍDIA fatalmente associamos à políticos/governos que buscam a exposição midiática para legitimação popular de suas ações e, consequentemente manter-se nas instituições que detém o poder político. Sabemos que essas duas palavras têm uma abrangência muito maior do que apenas ao cenário político, ainda mais em mundo capitalista em que o poder de mercado exerce um domínio muito grande.

Contudo, neste post, gostaria de tratar mídia e poder sob o ângulo da política, visto que o personagem principal desse blog - Charles Foster Kane – também se aventurou por esses mares, porém, sem sucesso.

No último dia 7 de outubro, em todas as cidades do País milhões de pessoas foram às urnas para votar e escolher os futuros governantes de seus municípios. De forma prevista pela lei, durante 44 dias, todos os candidatos tiveram um espaço na mídia local para expor suas propostas, seja no rádio ou na TV.

No entanto, não é nesse espaço que o candidato/político exerce a sua influência. O verdadeiro embate político se dá nos bastidores, nos acordos, nas ações estratégicas e nos fatos gerados para que haja destaque por parte da mídia.

A exemplo filme “Cidadão Kane”, em que Charles Kane perde a eleição presidencial dos Estados Unidos devido a descoberta e exposição de um relacionamento extra-conjungal, podemos notar que nas histórias das grandes campanhas eleitorais sempre há um fato – produzido por parte do candidato, ou não – que alavanca a corrida eleitoral ou que a condena ao fracasso.

Devido à sua grande abrangência e sua característica formadora de opinião, a mídia conquistou um espaço detentor de poder, cobiçado por todas as outras instâncias de poder. Não é à toa que os grandes caciques políticos são proprietários de veículos de comunicação ou mantém relações estreitas com os donos.

Pelo fato de não ser declaradamente uma instância de poder, a mídia se desloca através do entretenimento e do jornalismo exercendo sua influência de maneira despercebida. Esse é poder da mídia.

Com o surgimento da internet, podemos dizer que esse poder se pulverizou e que, através do anonimato a sociedade também pôde ter voz e participação nos movimentos sociais. Os blogs, por exemplo, são as melhores plataformas de busca de informação independente, pois sem custo algum, o cidadão pode ter um canal para compartilhar e ter acesso à informações que não passam pelas grandes mídias. É fato que isso não exclui a possibilidade do envolvimento do interesse de outros, porém é uma alternativa. 

O que nos resta é apurar o senso crítico para ter um olhar mais atento à essas correntes que tentam nos levar de lado a outro. Afinal, poder e mídia sempre estarão interligados.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Manipulando a informação por meio da mídia



      O linguísta Noam Chomsky elaborou uma lista de '10 Estratégias da Manipulação Midiática', na qual apresenta os pensamentos elementares de um grande manipulador. Exemplificando a partir do filme 'Cidadao Kane' temos três poderosas personalidades a destacar: R. Hearst, C. Kane, O. Welles. A personalidade de cada um deles se confunde tanto que às vezes é difícil separar biografado do ator e do diretor
      
      O primeiro item da lista de Chomsky é "A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO". Que nos leva a pensar 'Quantas vezes fomos direcionados pela Agenda Setting das grandes agências de notícias ?', 'Quanta informação política relevante é negligenciada em época de jogos da Copa do Mundo ?!'. Aquilo que é relevante passa a não ser, uma vez que não é considerado vendável.

      O quinto item da lista é direcionado principalmente a Publicidade: "DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO SE FOSSEM CRIANÇAS", com linguagem simples e com repetições exaustivas o manipulador consegue atenção do consumidor. Para complementar esse item da lista do nosso linguísta norte-americano, temos no texto do italiano Oliviero Toscani* uma sugestão para a abertura de um processo de Nuremberg da publicidade sob diversas acusações, entre elas contro o "Crime contra a Inteligência", na qual trata exatamente dessa simplificação na linguagem e nas imagens criadas para vender "felicidade" ou qualquer outro produto que a própria publicidade cria como sendo nosso novo objeto de desejo.


*TOSCANI, Oliviero. A publicidade é um cadáver que nos sorri. 2 edição, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p.28-30.

domingo, 30 de setembro de 2012

Mídia e poder.




 
Por se tratar do meu primeiro post, gostaria de fazer um paralelo entre o tema da disciplina que é "Mídia e Poder" com a história do protoganista do filme Cidadão Kane, comparando com nossa realidade atual, onde todos somos mídia, repórteres por um dia, enfim formadores de opinião querendo dividir seu ponto de vista, as vezes impor, ou até mesmo fama, sendo uns mais influentes que outros, dependendo da relevância e influência das suas postagens e do seu networking. Prova disso, no site Proxxima, li uma opnião muito interessante sobre a relação atual da empresa com o público, escrita pela Bia Granja, veja um trecho abaixo:
“Não sei quem inventou essa tal de internet - mentira, eu sei sim porque vi no Google e hoje em dia não tem nada que eu não saiba ou verifique, rá - , mas desde que ela surgiu e trouxe com ela as redes sociais e ~o advento~ da livre expressão com audiência (sim, porque expressão sempre teve, audiência é que estava concentrada na Globo difícil de achar pra todo mundo), ficou complicadíssimo empurrar qualquer coisa goela abaixo da gente.
Aliás, por favor, não me chame mais de consumidor... se eu te sigo no Twitter, sou sua fã no Facebook e compartilho o que você diz, acho que já dá pra gente estabelecer uma relação mais íntima, né? Sei lá... posso te chamar de amiga?
Pois é, amg, a coisa tá bem complicada pro seu lado. Aqui na internet, você perdeu seu privilégio... a gente também virou marca, publica filminhos por aí, faz conteúdo e, veja só, temos nossa própria plateia, maior que a sua em muitos casos. Mas não se aflija, se você for gente boa, a gente não se incomoda de te emprestar essa plateia e fazer com que você ganhe um pouco mais de relevância aqui no nosso meio.”
Estamos vivendo um momento em que tudo se compartilha, opniões, notícias, piadas, fofocas e eu me pergunto até que ponto o que foi postado por um amigo na rede social seria realmente relevante? Pois a maioria das notícias são compartilhadas sem ao menos checar a fonte, seria devido a velocidade da informação ou da preguiça dos compartilhadores? Até que ponto o que foi postado por determinada empresa ou pessoa é realmente verdade absoluta? Estaria fazendo publicidade ou estaria querendo se aproximar do seu público mostrando a sua “transparência”? Ou deveríamos confiar apenas nas materias jornalisticas e de assesorias de impressa? Ou apenas nos resultados de pesquisas realizadas por órgãos "competentes"? Ou todas essas informações estariam sendo manipulados de acordo com a preferência e interesse de repercussão do autor da notícia?
Num momento em que a grande maioria deseja ser o “Charles Foster Kane”,protagonista do filme Cidadão Kane, um menino pobre que acaba se tornando um dos homens mais ricos do mundo, cuja personalidade possui traços fortes como ambição, poder, arrogância e a vontade de controlar as notícias para assim conduzir a população, enfim controlar o mundo através da mídia. Sendo que, no final do filme a personagem Thompson, jornalista que estava investigando o significado da última palavra dita por Kane, "Rosebud", após uma exaustiva investigação de sua vida e se vê incapaz de descobrir seu significado. Concluindo que "Charles Foster Kane foi um homem que possuiu tudo o que quis, e depois perdeu tudo. Talvez Rosebud seja algo que ele nunca tenha possuído, ou algo que tenha perdido.".
Esse blog tem como objetivo refletir sobre o comportamento dos muitos “Charles Foster Kane” que conhecemos e quais são as consequências em nossa sociedade e em nossas vidas, até que ponto vale a pena ter o controle da mídia e do poder, e por quê não manipulá-la? Se pararmos para pensar, será que não estamos vivendo sozinhos em nossas “bolhas”? Sendo que construimos nosso próprio castelo de Xanadu, acreditando que não estamos sozinhos e isolados afinal estamos conectados o tempo todo, mas conectados à que, à quem? A qual verdade? Nos próximos posts, iremos desenrolar um pouco mais o assunto.
 
Para quem se interessou, veja matéria completa do Proxxima aqui:

 
http://www.proxxima.com.br/proxxima/negocios/noticia/2012/09/05/Querida-Marca--sinto-informarlhe-que-ferrou.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsletter-Proxxima-diaria&utm_content=Querida%20Marca,%20sinto%20informar-lhe%20que%20ferrou!

domingo, 23 de setembro de 2012

First things first


Uma rápida sinopse adaptada do site IMDb:
Um grupo de repórteres tenta decifrar a última palavra dita no leito de morte por Charles Foster Kane, um magnata milionário das comunicações: “Rosebud” . O filme começa com notícias detalhando como Kane vivia para as massas, e a partir de então nos apresenta flashbacks da vida de Kane. A medida que os repórteres evoluem na investigação, os espectadores têm a oportunidade de vislumbrar a ascensão fascinante de um homem à fama e sua derrocada.

Em seu blog no Estadão, Luiz Zannin, menciona uma lenda em torno da palavra “Rosebud” (botão de rosa), maneira como Hearst se referiria a parte mais íntima de sua amante, Marion Davies. 

Logo que o filme foi lançado (1941), um poderoso executivo das comunicações se reconheceu na personagem de Orson Welles e quase conseguiu tirar o filme de circulação. William Randolph Hearst chegou a oferecer USD 800 mil para queimarem o filme no qual ele se “enxergava”.

No intuito de despertar a curiosidade daqueles que ainda não assistiram ao filme, segue um trecho interessante: a montagem dos cafés-da-manhã que Charles Kane tem com sua primeira esposa. Infelizmente, não encontramos esse mesmo trecho com legendas em português. 
[Atenção à mesa que se torna maior ao longo do tempo, colocando ele cada vez mais distante da esposa à medida que o acúmulo de riquezas também aumenta.]


No último diálogo é possível reconhecer em Charles Kane sua prepotência tão marcante:

Emily: Really, Charles, people will think... (Charles, as pessoas pensarão que...)
Charlie: What I tell them to think!!!   (O que eu as disser para pensar!!)