domingo, 30 de setembro de 2012

Mídia e poder.




 
Por se tratar do meu primeiro post, gostaria de fazer um paralelo entre o tema da disciplina que é "Mídia e Poder" com a história do protoganista do filme Cidadão Kane, comparando com nossa realidade atual, onde todos somos mídia, repórteres por um dia, enfim formadores de opinião querendo dividir seu ponto de vista, as vezes impor, ou até mesmo fama, sendo uns mais influentes que outros, dependendo da relevância e influência das suas postagens e do seu networking. Prova disso, no site Proxxima, li uma opnião muito interessante sobre a relação atual da empresa com o público, escrita pela Bia Granja, veja um trecho abaixo:
“Não sei quem inventou essa tal de internet - mentira, eu sei sim porque vi no Google e hoje em dia não tem nada que eu não saiba ou verifique, rá - , mas desde que ela surgiu e trouxe com ela as redes sociais e ~o advento~ da livre expressão com audiência (sim, porque expressão sempre teve, audiência é que estava concentrada na Globo difícil de achar pra todo mundo), ficou complicadíssimo empurrar qualquer coisa goela abaixo da gente.
Aliás, por favor, não me chame mais de consumidor... se eu te sigo no Twitter, sou sua fã no Facebook e compartilho o que você diz, acho que já dá pra gente estabelecer uma relação mais íntima, né? Sei lá... posso te chamar de amiga?
Pois é, amg, a coisa tá bem complicada pro seu lado. Aqui na internet, você perdeu seu privilégio... a gente também virou marca, publica filminhos por aí, faz conteúdo e, veja só, temos nossa própria plateia, maior que a sua em muitos casos. Mas não se aflija, se você for gente boa, a gente não se incomoda de te emprestar essa plateia e fazer com que você ganhe um pouco mais de relevância aqui no nosso meio.”
Estamos vivendo um momento em que tudo se compartilha, opniões, notícias, piadas, fofocas e eu me pergunto até que ponto o que foi postado por um amigo na rede social seria realmente relevante? Pois a maioria das notícias são compartilhadas sem ao menos checar a fonte, seria devido a velocidade da informação ou da preguiça dos compartilhadores? Até que ponto o que foi postado por determinada empresa ou pessoa é realmente verdade absoluta? Estaria fazendo publicidade ou estaria querendo se aproximar do seu público mostrando a sua “transparência”? Ou deveríamos confiar apenas nas materias jornalisticas e de assesorias de impressa? Ou apenas nos resultados de pesquisas realizadas por órgãos "competentes"? Ou todas essas informações estariam sendo manipulados de acordo com a preferência e interesse de repercussão do autor da notícia?
Num momento em que a grande maioria deseja ser o “Charles Foster Kane”,protagonista do filme Cidadão Kane, um menino pobre que acaba se tornando um dos homens mais ricos do mundo, cuja personalidade possui traços fortes como ambição, poder, arrogância e a vontade de controlar as notícias para assim conduzir a população, enfim controlar o mundo através da mídia. Sendo que, no final do filme a personagem Thompson, jornalista que estava investigando o significado da última palavra dita por Kane, "Rosebud", após uma exaustiva investigação de sua vida e se vê incapaz de descobrir seu significado. Concluindo que "Charles Foster Kane foi um homem que possuiu tudo o que quis, e depois perdeu tudo. Talvez Rosebud seja algo que ele nunca tenha possuído, ou algo que tenha perdido.".
Esse blog tem como objetivo refletir sobre o comportamento dos muitos “Charles Foster Kane” que conhecemos e quais são as consequências em nossa sociedade e em nossas vidas, até que ponto vale a pena ter o controle da mídia e do poder, e por quê não manipulá-la? Se pararmos para pensar, será que não estamos vivendo sozinhos em nossas “bolhas”? Sendo que construimos nosso próprio castelo de Xanadu, acreditando que não estamos sozinhos e isolados afinal estamos conectados o tempo todo, mas conectados à que, à quem? A qual verdade? Nos próximos posts, iremos desenrolar um pouco mais o assunto.
 
Para quem se interessou, veja matéria completa do Proxxima aqui:

 
http://www.proxxima.com.br/proxxima/negocios/noticia/2012/09/05/Querida-Marca--sinto-informarlhe-que-ferrou.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsletter-Proxxima-diaria&utm_content=Querida%20Marca,%20sinto%20informar-lhe%20que%20ferrou!

domingo, 23 de setembro de 2012

First things first


Uma rápida sinopse adaptada do site IMDb:
Um grupo de repórteres tenta decifrar a última palavra dita no leito de morte por Charles Foster Kane, um magnata milionário das comunicações: “Rosebud” . O filme começa com notícias detalhando como Kane vivia para as massas, e a partir de então nos apresenta flashbacks da vida de Kane. A medida que os repórteres evoluem na investigação, os espectadores têm a oportunidade de vislumbrar a ascensão fascinante de um homem à fama e sua derrocada.

Em seu blog no Estadão, Luiz Zannin, menciona uma lenda em torno da palavra “Rosebud” (botão de rosa), maneira como Hearst se referiria a parte mais íntima de sua amante, Marion Davies. 

Logo que o filme foi lançado (1941), um poderoso executivo das comunicações se reconheceu na personagem de Orson Welles e quase conseguiu tirar o filme de circulação. William Randolph Hearst chegou a oferecer USD 800 mil para queimarem o filme no qual ele se “enxergava”.

No intuito de despertar a curiosidade daqueles que ainda não assistiram ao filme, segue um trecho interessante: a montagem dos cafés-da-manhã que Charles Kane tem com sua primeira esposa. Infelizmente, não encontramos esse mesmo trecho com legendas em português. 
[Atenção à mesa que se torna maior ao longo do tempo, colocando ele cada vez mais distante da esposa à medida que o acúmulo de riquezas também aumenta.]


No último diálogo é possível reconhecer em Charles Kane sua prepotência tão marcante:

Emily: Really, Charles, people will think... (Charles, as pessoas pensarão que...)
Charlie: What I tell them to think!!!   (O que eu as disser para pensar!!)